segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eu, o tecido, a roupa: de molho!!!

Preciso ficar de molho.

Não, não cansei de mim! Apenas cansei...

Desejo ficar de molho!

Então, penso no que ocorre com aquilo que colocamos de molho...

Pensando na roupa, no tecido, na louça vejo impurezas!

Algo lhes tirou seu estado natural/original, sua beleza... A sua essência é ofuscada pelas manchas que, em atividade, constituíram.

Então, as colocamos de molho...

Eu me sinto assim: ofuscada por fragmentos, machas que me impedem...

Me impedem de fazer aquilo que desejo e que preciso fazer.

Sim! Como um pano de prato que já não seca,  como uma roupa que já não serve (não é conveniente vestir roupas manchadas e  por que não dizer sujas)...

Assim!!!!

Penso no pano inutilizado, na roupa inadequada e me VEJO.

Quero ficar de molho, exercitar o espírito e descansar.

Quem sabe assim recupero o meu estado natural/original e VOLTO...


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Apenas Sentindo


Hoje acordei com aquela DÚVIDA... Sim! Aquela que, provavelmente, já lhe perseguiu e, como por ameaça, o imobilizou.

Esse "bicho" segue no meu encalço.

É ele que me faz refletir sobre aquilo que "veta" o meu tempo de falar com Deus, que me faz correr e deixar de viver.

Às vezes consigo despistá-lo e, então, acredito que está tudo bem. Porém, sinto algo e, SENTINDO, consigo questionar:

Para que viemos ao mundo? Para ter sucesso profissional, acadêmico e financeiro?

Não quero me submeter ao STATUS... Desejo SER!

Penso que estamos sempre nos submetendo a tal felicidade programada e deixando de SER, deixando de  VIVER...

Acabo de ler um texto escrito por Frei Beto e encaminhado pela minha querida Jailma. O título é "Estou apenas observando" e eu, APENAS SENTINDO, consegui SER.

Olhei-me e vi o EU aprisionado, encurralado pela tal felicidade programada que nos impede de ouvir e enxergar a nós mesmos.

Sim, Frei Beto!

Sim, Jailma!

Agora consigo perceber! É o tal condicionamento globalizante, neoliberal e consumista que ora me domina.

Desejo a liberdade!

Desejo meditar, sorrir e amar...

Amar a Deus, ao próximo e a mim mesma!

Desejo TEMPO!

Tempo de AMAR,

Tempo de SER,

Tempo de VIVER.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

UMA NOVA PAIXÃO?!

Nunca pensei que pudesse ser uma companhia tão agradável para mim mesma. Faço-me ponderar, refletir, crescer...
Aff!!! Estou sempre apontando novas possibilidades para mim...
Quando me preocupo, ouço certa voz que, revestida de uma certeza incrível, diz TUDO VAI DAR CERTO.
Nesse momento, paro, penso e já não sei se sou EU ou DEUS que ME usa para falar comigo e me encher de CORAGEM e PERSEVERANÇA.
Deixando a meta da perfeição de lado (será que me libertei?)...
 Me pego com certa soberba: sou boa, tenho bom coração, procuro ser justa, mas é importante destacar NEM SEMPRE CONSIGO!!!
Encontro-me numa fase importante e preciso cuidar de mim, sou de TRINTA e posso ME ACHAR DEMAIS e aí, então, o tal equilíbrio que busco pode ir por água abaixo.
Mas, aí vem aquela vontade de me admirar... De ME AMAR!!!!
 Será que se trata de UMA NOVA PAIXÃO?!  
Será esse o tal risco que correm as balzaquianas?
Seilá! Só sei que estou adorando ser EU.
Tenho uma filha linda!!!!! Detalhe- por dentro e por fora - e em grande parte obra minha (rs).
Como sou/estou feliz por ser EU.
Sou EU, um ser feliz e abençoado por esse Deus que sempre me acolhe, me levanta, me presenteia...
 Obrigada, Senhor!!!
Agora. Depois que me conheci um pouco mais... Posso dizer como é bom me ACEITAR, ser FELIZ e SATISFEITA comigo!
Caaaaaalmaê!!!
Não pensem que fui ou serei sempre assim...
Até posso piorar, mas a cada final estarei um pouco MELHOR (é assim que leio meu histórico!!! rs)
E aí quem sabe você também possa me AMAR como eu ME AMO.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Laura: um pedaço de mim

O desejo de presentear a minha filha com amor, valores e reconhecimento me fez pensar sobre o que fiz de mais importante desde que Laura, minha querida NUNUM, passou a compor a minha vida.

Foi no dia 30 de dezembro de 2003 que desavisada descobri: ALGUÉM além do EU habitava em MIM. Era um ser pequenino que se mostrava o tempo inteiro, invadindo-me com vontades (como tomei sorvete!) e que, em regurgito, me dizia NÃO QUERO.

As batidas do seu coração eram fortes e entoavam o surgimento das lágrimas que caíam dos olhos e desvelavam um coração transbordando de AMOR e CONFUSÃO, iniciando, assim, a construção da minha nova identidade – a IDENTIDADE DE MÃE.

E agora, como SER duas?!

A cada dia, esse SER crescia mais em MIM, chegando o momento em que deixou de ser EU e passou a ser LAURA, um pedaço de mim.

A vovó gritou AH, É UMA PRINCESA! E a criaturinha indicou com toda a força QUERO ME CHAMAR LAURA. O nome veio com o anúncio de que uma princesa entraria em nossas vidas.

LAURA sempre teve personalidade forte e, sempre firme, lutando por algo, quis vir ao mundo, mas não estava pronta... Foi o primeiro momento em que dissemos NÃO para ela.

Não, filha! Ainda NÃO...

Precisávamos protegê-la e assim fizemos. Larguei tudo e fiquei de pernas para o ar!

E na hora certa, naquela programada e acompanhada por Deus (31-08-2004), libertou-se do ventre e viu o mundo com seus próprios olhos.

E eu, A PARTIR DE ENTÃO, passei a ter quatro olhos.

Como me encantei com aquela bolinha rosa! Ela era ROSA, FOFA e LINDA, ela era LAURA.

LAURA marrom, de perna grossa e bumbum arrebitado;

LAURA cuidadosa, amiga e autônoma;

LAURA compreensiva, grata e feliz;

LAURA que enxerga além de si, que pensa na felicidade do outro;

LAURA que sabe a importância de falar a verdade e de considerar os sentimentos alheios;

LAURA que é orgulho para mim... Por quem tenho um sentimento sem fim.

LAURA, um pedaço de MIM.

Minha FILHA, meu AMOR, meu NUNUM!

Preciso lhe dizer...  O mais importante e o que considero bons frutos de mim diz respeito a você, ao seu jeitinho de SER.

Sua mamãe
(Luciana Medeiros)

domingo, 6 de novembro de 2011

Vai apostar?!

Quanto vale um amor vivido?

E um não correspondido?

Um coração partido?

Lágrimas e arrependimento.

Noites em claro.

Coração ao relento que deseja adormecer ou se embriagar de prazer.

Custa caro. Muito caro!

Vai apostar?!

Não. Não olhe para mim...

Sim!!!

Eu já amei e fui amada.

Viciei-me.

E como viciada me pus a apostar...

Não importava o quanto iria perder, pois sempre havia a esperança de ganhar.

Como ganhei!

Os olhos brilhavam...

E com o desejo de repetir vitórias, voltava a apostar.

As derrotas começaram a surgir, mas se perderam em meio ao desejo e a esperança de ganhar...

Vieram paulatinamente, mas não ofuscaram o brilho no olhar que, se sobrepondo às lágrimas, se encaminhava para a dor.

Como típica viciada, não conseguia parar.

Na continuidade das apostas me mantive na dinâmica de AMAR e SOFRER, sendo tomada cada vez mais pela DOR do que pelo AMOR.

Ah, o tão sonhado amor!!!!

Hã?!

Alguém me puxa.

Fala-me.

Grita!!!!!

“VOCÊ SOFRE ALÉM DA CONTA”

É quando olho para mim, penso e digo:

Proteja-se do desejo de acolher e de viver o grande amor.

PROTEJA-SE!

Abra os olhos!!!!

O que há de real e/ou de ideal(izado) em sua volta?

Vai apostar?!

Não. Não mais...

Quanto maior a aposta, maior a possibilidade de frustração, de dor e do tão temido SOFRIMENTO.

Pra mim CHEGA!!!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Aquela Luz

O sol já apareceu sessenta e seis vezes depois daquela noite. A cada vez, uma força, uma cor...

No primeiro dia nem me afetou! Para me proteger muni-me de razão e da certeza de que mais alguém me amava...

Nos dias posteriores, senti a angústia e a raiva que, incendiados pela constatação de que um amor não substitui outro, me queimaram por dentro.

Juntos ao sol vieram os “prazeres do verão” e me fizeram pensar antes só do que ser infeliz, ou ainda, diante da covardia, melhor uma atitude ruim que nenhuma atitude.

Mas, logo vieram as nuvens escuras e, como em tempo de chuva, me inundaram de tristeza e lamentações...

Lamentei pelo que aquela luz que se foi despertou em mim. A vontade de viver, de ver, a inspiração, aquele arrepio...

Tudo se foi!!!

Novamente, o sol se pôs e veio uma nova luz, uma nova cor, uma nova força...

A terra girou!

E vivendo idas e vindas, dei-me conta de que assim como a gravidade nos prende ao chão, algo me puxa para o passado.

Luto em vão! Levo-me a um encontro que nunca ocorre e que através da ausência me penaliza com a indiferença.

E a Terra... Continua a girar!

Quero me libertar, seguir...

Alguém morre!

Não dá para acreditar! Olha o que eu tento fazer...

É a esperança que agoniza... Corre risco de morte!

Não sei o que fazer!!!!

Quantas vezes a Terra terá que girar para que venha aquela luz?! Aquela que me enche de sorrisos, de paz, de VIDA?!

Resta-me desistir, matar a esperança e esquecer aquela luz ou seguir esperançosa com a indiferença cravada no peito?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Chega de correr!

                Preciso me preparar para a vida, me preparar para o amor, preciso me conhecer...

                Converso, escuto, leio e dou-me conta...

                Estou em descompasso com o mundo!

                Chega de correr?!

                Caminhando, olho para trás.

                Vejo-me correndo.

                Hora de parar!

                Agora consigo enxergar...

                Sim. Há um sentido secreto nas coisas da vida. 

                Quem sou eu?

                Ainda não consigo responder...

                Mas, estou certa de que desejo ir com calma e, pacientemente, esperar...

                Chega de correr!

              Ainda tenho fôlego para a corrida, mas a liberdade me oferece a opção de escolher e eu escolho ficar quieta ou simplesmente caminhar...


                Chega de correr!

                Olho o mar, as dunas, o sol e SINTO!

                Surpreendo-me com a felicidade que me toma.

                Nada fui buscar naquele lugar!

                Mas, de repente, meu coração se enche, um sorriso se mostra e tenho vontade de gritar...


                Chega de correr!

                Mais uma vez, PÁRO.

                Preciso aprender a dizer NÃO, a dizer ADEUS.

                Sim. Às vezes é mais fácil, menos doloroso dizer NÃO POSSO do que dizer  NÃO QUERO.

                Mas vou me arriscar...

             Eu NÃO QUERO me conformar com o mundo, com o que se mostra comum e que, ao mesmo tempo, me insulta e destrói...

                Chega de correr!

                Por que aceitar o mundo e não aceitar a mim mesma?

                Desejo acolher-me, conhecer-me e guiar-me ao que busco.

                Chega de correr!

                Eu quero me conhecer, amar e VIVER!