Quanto vale um amor vivido?
E um não correspondido?
Um coração partido?
Lágrimas e arrependimento.
Noites em claro.
Coração ao relento que deseja adormecer ou se embriagar de prazer.
Custa caro. Muito caro!
Vai apostar?!
Não. Não olhe para mim...
Sim!!!
Eu já amei e fui amada.
Viciei-me.
E como viciada me pus a apostar...
Não importava o quanto iria perder, pois sempre havia a esperança de ganhar.
Como ganhei!
Os olhos brilhavam...
E com o desejo de repetir vitórias, voltava a apostar.
As derrotas começaram a surgir, mas se perderam em meio ao desejo e a esperança de ganhar...
Vieram paulatinamente, mas não ofuscaram o brilho no olhar que, se sobrepondo às lágrimas, se encaminhava para a dor.
Como típica viciada, não conseguia parar.
Na continuidade das apostas me mantive na dinâmica de AMAR e SOFRER, sendo tomada cada vez mais pela DOR do que pelo AMOR.
Ah, o tão sonhado amor!!!!
Hã?!
Alguém me puxa.
Fala-me.
Grita!!!!!
“VOCÊ SOFRE ALÉM DA CONTA”
É quando olho para mim, penso e digo:
Proteja-se do desejo de acolher e de viver o grande amor.
PROTEJA-SE!
Abra os olhos!!!!
O que há de real e/ou de ideal(izado) em sua volta?
Vai apostar?!
Não. Não mais...
Quanto maior a aposta, maior a possibilidade de frustração, de dor e do tão temido SOFRIMENTO.
Pra mim CHEGA!!!!
Olá Lu,
ResponderExcluirMe pergunto, o que nos leva, além dessa "esperança de ganhar", apostar, jogar dados, jogar nossas vidas a probabilidade? Respostas? Confesso, que até agora não às encontrei. Mas refletindo, penso que essas necessidade de apostar, de acreditar ou não no OUTRO, é uma ausência nossa... Esperamos do outro - segurança, confiança, amor, maturidade -a ausência de nós mesmos. Somos seres jogados ao mundo, como tais, somos condenados a existir, seja como for, porém a existência é uma fado muito grande para aguentarmos sozinhos. Daí, apostarmos no AMOR e consequentemente na DOR, esperamos do outro sermos amada... Objetificamos o amor, porém mal sabermos, ou se sabemos não queremos considerar, que o AMOR é uma dúvida, só traz insegurança. Por isso, vivemos essa dinâmica de AMAR e SOFRER... Contudo, participamos, pois como já diz Renato Russo "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão", precisamos do outro, esperamos do outro, queremos o "tão sonhado amor"... Mas não queremos e as vezes não aguentamos mais sofrer, se (des)iludir, com essas experiências... Infelizmente não temos muitas opções, ou viramos máquinas e nos distanciamos cada vez mais de nós mesmos, por não sentir nada, ou então apostamos na árdua dinâmica de sentir, seja dor, amor, angustia, e aprendemos a amar por amar, sendo vulneráveis a todos esses sentimentos que permeiam essas experiências, eis a existência...
Bem, vou para por aqui, esse texto, que diga-se de passagem muito bom, inspirou várias coisas na minha cabecinha.
Beijos,
Jailma.