Em 2009.2
Às vezes me pergunto - “Qual o sentido da vida?” – viver, sobreviver, manter a espécie...
Não sei... Difícil dizer!
Hoje tenho 28 anos, uma filha de quatro anos, um trabalho, muita coisa para estudar e múltiplas necessidades. Sim! Meus anseios se modificaram e se transformam sempre.
Quando criança bastava-me o amor materno e a segurança que este oportunizara.
Na adolescência o desejo de liberdade, a busca pela autonomia, o sonho de encontrar um “príncipe encantado” e de ser por ele amada mantinham-me firme na caminhada.
No início da vida adulta a busca pela admiração e reconhecimento alheios, bem como a garantia de uma carreira sólida no âmbito acadêmico e profissional me fizeram lutar.
Enquanto mãe o infinito envolvimento com o caminho rumo à sensação de estar fazendo o “certo” (ao educar) me orienta a um “viver” diferenciado e indescritivelmente solidário.
Hoje?! Vejamos...
Menina bonita, criança esperta!
Adolescente romântica e por que não dizer problemática?
Mulher moderna, que se garante: trabalha, estuda, cuida da filha, administra a casa...
É?! Não apenas...
Mulher sozinha, que tem medo, fica deprimida e chora. Sim, admito! Choro. Choro com saudades, choro por arrependimento, por amor, por medo. Eu choro...
Vivo e sobrevivo, durmo e acordo, caio e levanto, escrevo e apago, revivo, espero, desejo, necessito...
O que devo buscar? Onde devo procurar? Quando vou com a satisfação encontrar?
Tenho quase 30 anos e ainda busco amor de mãe, de pai, de filha e – por que não dizer – do velho príncipe encantado que habitara minha adolescência...
Não posso dizer que não sou feliz, algo dentro de mim não permite (quanto não! Ponto de reflexão). Tenho tantas coisas, fiz tantas conquistas...
Mas, ainda sinto uma falta, uma necessidade em aberto, algo que não consigo identificar.
Será que esse é o sentido da vida?! Buscar algo – mesmo sem saber – que não temos...