À Edilza (amiga que ri da desgraça alheia)
Você acaba o namoro. Dá tchau! Fica com o ex (outro). O ex (mais recente) lhe manda inúmeras mensagens nas setenta e duas horas posteriores. Você pensa “tá tudo sob controle, ele me sacaneou e eu fiz o que deveria”. Até que o luto latente se faz concreto e você liga:
- Qual é a tua?!
Ele não entende/se faz de doido (especialidade masculina) e você é mais clara.
Ele justifica, mas não pede desculpas (falta de sensibilidade!!!!) e você “rasga” a verdade:
- Fiquei com o ex, mas não me sinto culpada. Apenas uma atitude semelhante a sua.
Ok. Tá tudo certo. Permanecemos separados?!
Não é bem assim... Ele diz:
- Amanhã é um novo dia.
Mas, não liga, não dá notícias e você prestes a cair na armadilha... Fica na SUA e ele aparece com um discurso deprimido e generalista (nada a ver com você ter ficado com outro cara e/ou estarem separados) e ainda conclui:
- Mais tarde, se tiver ânimo, ligo para você.
Hã?! Que tipo de cara diz uma coisa dessas? Um safado ou um coitado?
Você, encurralada, se pergunta “Meu Deus, o que há? Ele precisa de mim?”. Está presa a ilusão e, em perigo, está prestes a perder o equilíbrio.
Ora e diz “Senhor me permita ajudá-lo!”.
O Senhor lhe repreende através da palavra e fala “Quem você pensa que é?! Somente Deus dá a luz, somente Deus abençoa!” (interpretação de quem vive o drama)
Vai à igreja. O pregador diz que você pode estar buscando o tesouro errado, que precisa encontrar o Reino de Deus. E você conclui: “Ele é o meu tesouro – tudo errado – preciso me desprender”. Não ligo mais! Não vou tentar ajudá-lo.
Passa o tempo e, ainda na igreja, fala-se sobre a família. O pregador diz:
- Você que está pensando em desistir daquela pessoa irmão/ irmã... Não desista, lute por ela, não a abandone.
Pronto!!! É o fim. Você CAI NA ARMADILHA e liga.
Liga novamente. Mais uma vez. Ele não tá nem aí... Você tá presa!!!
Meu Deus! É o fim. O que será de mim?
É quando você pensa “Eu tenho a síndrome do fundo do poço” e continua a ligar.
Algo estranho acontece e ele, sem querer atende. Você ouve a conversa e descobre onde ele está.
Hora de ir ao fundo do poço.
Vai até lá. Interrompe a conversa de um casal (detalhe). Discute a relação e volta para casa com esperanças.
É inacreditável, mas você ainda acredita que ele precisa de ajuda.
Culpa-se. Foi ao fundo do poço e ainda não “se tocou”. Ainda não consegue encarar a realidade.
O que há com você?!
Será que já não está lá no fundo?! Precisa descer mais?
É quando “topa” e percebe que chegou até ali por esperança.
“E se ainda restasse água?! Não, não poderia desperdiçá-la.”
Para a sua tristeza e conformação descobre que a água acabou. Talvez nunca tenha existido...
Então, olha para cima e pensa:
“A superfície me espera!”
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