quarta-feira, 27 de julho de 2011

Caminhos

A Rômulo (meu amigo inspirador)

Não, não quero me perder em meio aos obstáculos. Desejo mudar o rumo, encontrar a saída, desprender esforços e caminhar.

Chega de ficar em casa. Que tal um barzinho ou um forró pé de serra!?

Chorar? Só pontualmente. Para higienizar a alma, livrando-me das impurezas com as quais alguns caminhos me marcaram.

Preconceito? Um senhor cruel que nos impede de viver. Pretendo ignorá-lo e buscar aquilo que me faz feliz.

Esconde, esconde... Brincadeira infantil que, por vezes, compõe o universo adulto. Sou uma mulher e desejo conquistar o mundo. Nada de me esconder!

A vida é como um filme e, neste, temos dois caminhos: ser coadjuvante ou protagonista. Enquanto no primeiro corremos o risco de ser esquecidos, no segundo podemos ser a razão da história.

Um caminho errado nos traz insatisfação e enxergamos inadequações – “me visto mal, falo bobagens, estou fora de forma...” – Às vezes o inadequado é o caminho. Então, é hora de mudar o rumo!

Trabalho e vida, vida e trabalho são elementos indissociáveis que nos fortalecem, compondo a nossa atividade no mundo. Trata-se de uma estrada rumo a realizações individuais e coletivas. Presto serviço à sociedade, ajudo a desvendar caminhos...

Quando me sinto mal, sem rumo, desiludida... O jeito é aceitar, compreender que, como a tempestade, esse é um fenômeno natural que vai passar. E aí, sim! Quando passar... Iniciar uma nova caminhada.

Sim. Quero um caminho no qual eu possa sentir a luz do sol e a vibração das cores da vida.

Amigo, amigo! Desejo lhe falar “Deus dará de volta tudo pra você!” Essa música diz muito: devemos sempre nos empolgar diante de novos sonhos, diante de novos caminhos...

Homens de ontem, mulheres de hoje?!

Domingo. Redes armadas. Várias amigas. Assunto: bolo de aniversário, filhos e afazeres domésticos. Cachorro-quente vai, filho vem, quando uma amiga sugere a outra:

- Já que o seu marido não quer comer o bolo, que tal levar uma porção para casa?

- Ele não está nem me querendo, quanto mais o bolo!

O silêncio se integra a risada coletiva e aos entreolhares e a amiga desavisada desabafa e desaBROXA!!!!!

Certa vez, em um dia dos namorados, preparara uma noite que teoricamente seria inesquecível e foi!!!

- Comprei velas perfumadas na cor verde, cobri a cama com um lençol branco, comprei cerveja e vinho, comprei gelo (quebrei a braço!) e coloquei num balde de manteiga envolto a uma toalha branca (não tinha aqueles chiques). Apaguei a luz e o esperei com as velas acesas e uma lingerie branquinha, bem enxeridinha (destaca), o meu marido entrou e disse [...]

- Quem morreu aqui?

-BROXEI!!!! O jeito foi assistir TV.

Em outro momento, após namorarem no carro (ADOROU!) liga para o marido e diz que estava pensando nele:

-Vai procurar o que fazer mulher!

Sem saber se ria ou chorava com a relação conjugal da amiga, o grupo se surpreende com a declaração de outra colega:

- Se fosse eu rasgaria a lingerie, me jogaria sobre ele e diria ENTÃO PEGUE!

Não deu para segurar e a risada coletiva rompeu todo o silêncio melancólico que a BROXADA feminina ocasionara.

A conversa seguiu com algumas dicas para atrair o marido e oportunizar a renovação da paixão:

- Já fez de tudo?!

- Que tal explorar os fetiches! Tem um motel ali que é o que há...

A amiga que BROXara e continuara com a libido adormecida conclui:

- Não adianta, tou morta!

Então surge uma declaração coletiva e por que não dizer compadecida:

- Amiga também pode ser salva-vidas!!!!! Visitas ao sexshop e conversas sobre prazer podem desaBROXÁ-lo e fazer a SUA vida vir à tona...

Verdade e Luto

É duro chegar ao momento em que se percebe a ilusão tomando forma, se fazendo concreta. Não, não há aquele amor! Aquela busca por ser, ou encontrar alguém especial, chega ao fim. MORRE.

E, se não contamos mais com a ilusão do grande amor, com a ideia de que, em todo o planeta Terra, Deus designou alguém que irá nos fazer feliz, nos amar... Resta-nos a banalização?!

A banalização do olhar?

A banalização do encontro?

A banalização do beijo?

A banalização do amor ou, nessas circunstâncias, do sexo?

Preciso me apegar a essa VERDADE que despida machuca e faz chorar ou, simplesmente, querer?!

Querer sonhar?

Querer acreditar?

Querer amar e, reciprocamente, ser amada?

Pensando em QUERER busco aceitar, me conformar com a verdade, seja ela qual for... Dolorosa, ou não, se faz necessária e faz crescer (assim espero!).

Começa a me faltar fôlego para novamente “amar”, me iludir ou sonhar. Será a verdade a me assombrar?!

A possibilidade de banalização me faz entristecer, quase fenecer... Algo em mim precisa morrer para que eu venha a banalizar e, então, não serei mais EU!

Entro em LUTO e luto para viver...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fora do Ar

Frustração. Constrangimento. Dúvida. Questionamento.
Mania de refletir!

“Estou dividida entre a razão e a emoção ou entre o controle e o sentimento?”

Ei, cuidado!

Senti um impacto invasivo e por que não dizer doloroso. Fui atropelada pelas reflexões alheias que, de repente, ganharam vida em mim, em meus conflitos interiores: “Ser livre não nos permite NÃO ESCOLHER”.

Oh, não! Por quê?

Abro o MSN e, mais uma vez, sou acometida pelas reflexões de outrem “ É a liberdade que nos prende”.

Como assim? Já não sei mais se ser livre me agrada.

Tento escolher, mas dói. Ficar presa angustia.

O que fazer?

Passa o tempo. Resolvo relaxar. Bater papo com um amigo inspirador. Quero escrever, criar, reinventar... Ele me diz “Só escrevo quando estou livre. Livre para chorar, sorrir... Para me mostrar!

Mais confusão! Se para escrever preciso estar livre, volto a me perguntar QUERO, OU NÃO, ESCOLHER?

Preciso!!!! Não consigo integralmente... Então, fico fora do ar e esta crônica se põe a me mostrar...